terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ausência Sentida

Permitirei que morra em mim o desejo de ver teus olhos que são belos
Nada poderei lhe entregar se não meu corpo exausto e a magoa de me veres cansado em dias de luta
Mas a tua presença é algo semelhante a vida, sinto que meus gestos lhe trazem para perto de mim
Quero ter você para que em meu ser tudo esteja combinado com sua vontades e desejos
Você tem que surgir para mim como a fé nos desesperados, para que eu possa ter lampejos de luz na escuridão dessa paulicéia desvairada
 Seus dedos ficaram em minha carne como nódoa de um passado...não te deixarei e tu iras encostar tua face em minha face
Seus dedos enlaçarão os meus dedos e tu iras desabrochar para a madruga, e tu saberás que eu serei teu grande intimo da noite
Eu encostei minha face na face da noite e ouvi tua voz amorosa ao pé do meu ouvido.
Eu trouxe até mim a misteriosa essência de sua ausência de um abandono desordenado e sentido por mim.
Eu fico como um veleiro a deriva na noite paulista procurando teus olhos como um porto para atracar.
Mas eu te possuirei como ninguém jamais te fez, e serei eu a mostrar o que temos para fazer, mas poderei partir
E depois de partir todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão como sua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada a sentir a saudade do meu corpo depois da minha partida

Nenhum comentário:

Postar um comentário